AMOR DOS BONS LIVROS.

AMOR DOS BONS LIVROS.

(Disponível em arthurlacerda.wordpress.com).

                                                                              Arthur Virmond de Lacerda Neto. Outubro de 2022.

                                                                              “[….] ninguém ignora que os bons livros são a essência                                                                                                            dos melhores espíritos, a epítome de seus conhecimentos                                                                                                          e o fruto de suas longas vigílias. O estudo de uma vida                                                                                                             inteira pode-se neles recolher em algumas horas, o que é                                                                                                          de grande valia”. Vauvenargues, Do espírito humano,                                                                                                              número XXVIII.

                                                                              “A leitura é uma amizade.” Marcelo (Marcel) Proust.

I- Vária, sobre livros.

II- Listas.

  1. Lista constituída por Arthur Virmond de Lacerda Neto.
  2. Lista constituída por Augusto Comte.
  3. Lista constituída por Cassiana Lícia de Lacerda.
  4. Lista constituída por Gustavo Bertoche.
  5. Lista constituída por Hernâni Gomes da Costa.
  6. Lista constituída por Noel Nascimento Filho.
  7. Lista constituída por Rodrigo de Sá-Nogueira Saraiva.
  8. Lista constituída por Sérgio Manuel Luzia Caldeira.
  1. Vária, sobre livros.

Para ser ledor: reserve parte de seu dia à leitura atenta, em ambiente silencioso, distante de seu telemóvel. Habitue-se a ler, como integrante de sua rotina e de seus hábitos.

Podemos julgar os livros pela opinião que deles formam leitores experientes e lúcidos; podemos julgar os homens comuns pela opinião que formam dos livros.

Constituir biblioteca: forme biblioteca, como acervo de livros que lhe servirão para: freqüentar autores que melhor usaram o vernáculo e nele se exprimiram (apreensão do idioma); granjear conhecimento das coisas (instrução), discernimento acerca delas (entendimento, reflexão); entretimento (recreação).

Sinal infalível de cultura superficial é somente ler livros novos.

Preservar os livros: a luminosidade solar esbate a cor das lombadas e das capas, pelo que o ambiente deve ser privado de luz solar e ainda menos de sua incidência direta nelas; é vantajoso manter os livros em armários envidraçados, cujas vidraças estejam forradas com papel ou plástico de cor, ou (caso em prateleiras expostas), deixá-los virados com as lombadas para dentro.

Convém sempre lavar as mãos antes de manusearem-se livros, para pouparem-se-lhes as folhas de gordura e de sujidades aderidas aos dedos; mãos não lavadas enodoam a goteira de dicionários amiudadamente consultados.

As folhas de livros voltam-se por cima, por seu canto superior direito (para avançarmos) ou esquerdo (para retrocedermos); jamais as empurre pela extremidade inferior direita nem lamba o dedo indicador para empurrá-las.

Mormente livro emprestado é livro dado.

É prudente fazer presente de livros se se tiver suficiente grau de probabilidade de que o recipiendário lê-los-á; oferecê-los como mera gentileza é esperdiçá-los.

Escólios e dédicas.

Alguns soem sublinhar e anotar seus livros, marginalmente ou nos espaços em branco: as glosas podem ser úteis para releituras ou consultas, e interessantes por seu teor próprio; exemplares há, enriquecidos com elas; segundo outros, as marcações de alguma forma degradam o livro: vá lá que algumas afeiam-nos.

Era costume (que dura) lançar-se nome na folha de rosto ou assinatura (amiúde irreconhecível) na falsa folha de rosto ou nas primeiras, e data de aquisição, o que identifica o livro e atrai colecionadores e bibliófilos. Rareiam ex-libris, de que há colecionadores; alguns apõem carimbo com seu nome nas primeiras páginas.

       As dedicatórias documentam o gesto de simpatia (ou amizade, cordialidade, afeto, camaradagem) que é dar livro a outrem; escritas por autores, tornam os respectivos exemplares objetos de colecionadores de autógrafos, de memorabilía ou de dédicas. Arrancar página de dedicatória para mercar o livro em alfarrabista (ou este fazê-lo) priva-lhe o futuro adquirente de informação que lhe poderia interessar, além de parcialmente danificá-lo.

       Há arte em dedicar e capricho em glosar e grifar.

Para apreender o vernáculo com qualidade: leia bons autores vernaculares e boas traduções; consulte dicionários (Aurélio é bom; Porto Editora eletrônico também); no Brasil redigia-se bem e traduzia-se bem até cerca de 1980, pelo que geralmente livros publicados até aquela fase apresentam textos melhores do que os posteriores em relação à riqueza léxica, à sua pureza e ao uso dos recursos do idioma em geral.

       Para vícios de linguagem e educação lingüística: arthurlacerda.wordpress.com, nos tópicos Língua portuguesa, Vícios de linguagem, Vernáculo.

Traduções: mormente as traduções brasileiras de cerca de 1980 a esta parte são ruins ou muito ruins e tanto piores quanto mais próximas da atualidade; anteriormente a 1980 há-as boas, muito boas, ótimas, superiores, de tradutores brasileiros; são recomendáveis todas as traduções portuguesas. Entre versão atual, “atualizada”, e antiga ou pelo menos anterior a 1980, quase sempre são superiores as prévias a 1980.

Eram bons tradutores brasileiros: Octávio Mendes Cajado, Álvaro Cabral, Breno Silveira, Sérgio Milliet, Nair Veiga de Lacerda, Monteiro Lobato, Gulnara Lobato, Godofredo Rangel, Geir Campos, Gastão Cruls, Odilon Galotti, Jânio Quadros, Antônio Alves Cury, Carlos Lacerda, Mário da Silva Brito, Marcos Santarrita, Mário Quintana.

Dicionários eletrônicos: os dicionários são repositórios de palavras, boas ou ruins, com acepções corretas e incorretas; não são necessária nem exclusivamente acervos de vocábulos recomendáveis nem de acepções corretas, máxime em se tratando de estrangeirismos. O valor dos dicionários vulgares é apenas descritivo: eles descrevem a forma como o vulgo usa as palavras; não são prescritivos: não prescrevem o correto nem o bom uso das palavras. Consulte os dicionários eletrônicos com reserva; dicionário eletrônico Porto Editora (português) é bom.

Alfarrabistas: é neles que se apanham espécimes que se vão rarefazendo e já raros, ausentes das livrarias de novidades; são livros de ocasião, que se encontra em oportunidades acaso únicas, notadamente se por preços módicos, como nas queimas.

II – Listas.

       Os róis a seguir nomeiam alguns bons livros, seletos por leitores experientes, e que poderão ser úteis a quem deseje ou aceite sugestões do que leia para formar algum cabedal, já intelectual, já literário; não se cuidam de listas temáticas (limitadas a dado assunto) dos melhores ou mais especializados livros, senão apanhado geral de livros que seus autores julgaram valiosos para os leitores em geral. Até certo ponto ou de todo ponto, elas exprimem-lhes as preferências e idiossincrasias, característica de toda lista desse tipo; importante aqui é serem criteriosas[1].

  1. Lista constituída por Arthur Virmond de Lacerda Neto:

Sabedoria de vida: Meditações do imperador Marco Aurélio. Manual, de Epiteto ensina a enfrentar a vida nas suas adversidades (aparece com outros títulos, porém o autor é sempre Epiteto).  Os dez mandamentos da ética, do brasileiro Gabriel Chalita. Reflexões sobre a vaidade dos homens, de Matias Aires, é do século XVIII, brilhante em suas concepção e redação. A arte da prudência de Baltasar Gracian, mostra como defender-se da maldade humana e expõe valiosos preceitos de vida em sociedade.

Ficções: Gil Brás de Santilhana (Gil Blás de Santillana), de Le Sage, na tradução do português Bocage, é divertida história de aventuras na Espanha; Memorial do Convento, de Saramago, é  obra-prima; A luneta mágica, de Joaquim Manoel de Macedo, mostra a não ser ver a maldade onde há bondade, e a vê-la onde ela existe; de Eça de Queiroz: A capital, Os Maias, A cidade e as serras; O bobo, de Alexandre Herculano; O Ateneu, de Raul Pompéia; A peste, de Alberto Camus; Dom Quixote; Contos, de Artur Azevedo; Machado de Assis, em geral; O vigário de Wakefield, de O. Goldsmith; Robinson Crusoé, de Daniel Defoe; O nome da rosa, de Umberto Eco; A guerra do fim do mundo, de Mário Vargas Lhosa; O guarani, de José de Alencar; Paulo e Virgínia, de B. de Saint Pierre; Ivanhoé, de Walter Scott; Satiricon, de Petrônio, é divertido quadro de costumes de Roma, do séc. I, com as aventuras de 3 rapazes bissexuais (boa tradução brasileira, de Marcos Santarrita); Juliano, de Gore Vidal; Memórias de Adriano, de Margarida Yourcenar (os dous derradeiros são narrativas fundadas em pesquisas históricas).

Autobiografias e memórias: a de João Stuart Mill, as Memórias de 1848, do Conde de Tocqueville; as Memórias de Benvindo Cellini; a autobiografia de Benjamin Franklin; O livro de Saint Michele, de Axel Munthe; Longe, e há muito tempo, de Guilherme Henrique (William Henry) Hudson; memorialística brasileira: Infância, de Graciliano Ramos; Se não me falha a memória, de Joaquim de Salles; A menina do sobrado, de Ciro dos Anjos.

Repositório de experiências construtivas, para o pessoal jurídico e não somente: Eles, os juízes, de P. Calamandrei.

Análise de nosso tempo e da mentalidade nossa coeva: A rebelião das massas, de José Ortega y Gasset.

Análise da revolução francesa e da mentalidade que a ensejou: O antigo regime e a revolução, do conde de Tocqueville.  

História da república romana, de Oliveira Martins.

A cultura do renascimento na Itália, de Jacó Burckhardt.

História da vida privada (5 volumes), de vários autores.

Histórias íntimas, de Mary del Priore.

  Sobre amizade: Lélio, ou a amizade, de Cícero; Tratado da amizade, da marquesa de Lambert; A amizade, de F. Alberoni; Educar para a amizade, de Gerardo Castillo.

Sobre amizade, casamento, família: Sentimentos e costumes, de André Maurois, é obra-prima de observação. 

Ética a Nicômaco ou Grande Ética, de Aristóteles.

Vidas paralelas, de Plutarco.

A Idade Média, de Ivan Lins.

A moral positiva, de Pedro Laffitte.

Homossexualidade: Córidon, de André Gide; A questão homossexual, de Marc Oraison; Homossexualidade. Uma história, de Colin Spencer.

História do pudor, de João Cláudio Bologne.

Corpos nus, de Paulo Pereira.

Repressão sexual, de Jos van Ussel.

A mulher do próximo, de Gay Talese.

Discurso sobre o espírito positivo, Opúsculos de filosofia social, de Augusto Comte.

Esboço dos progressos do espírito humano, de Condorcet.

Ensaio sobre a liberdade, de João Stuart Mill.

Sobre a teologia, origem da ideia de deus, crítica da moral teológica e temas correlatos: A filosofia teológica, de Luís Pereira Barreto; Por que não sou cristão e A perspectiva científica, de Bertrando Russell; Escolas filosóficas, de Ivan Lins; A evolução de deus, de Roberto Wright; A irreligião do futuro, de Guyau; Os homens e Deus, de Voltaire.

 Da vida sóbria, de Cornaro.

Quem ama não adoece, de Marco Aurélio Silva.

Cosmos, de Carlos Sagan.

Os sertões, de Euclides da Cunha.

Minha vida e minha obra, de Henrique Ford.

A invasão vertical dos bárbaros, de Mário Ferreira dos Santos.

A superioridade do homem tropical, de Antônio da Silva Melo.

Para conhecer algo do Brasil:

Brasil colonial: A idade de ouro do Brasil, C. R. Boxer.

Méritos da formação portuguesa do Brasil:  500 anos do descobrimento. Uma nova   dialética, de Carlos de Mendonça.      

Desmentidos da superioridade holandesa no Brasil: Os holandeses no Brasil: mitos e verdades, de J. F. da Rocha Pombo; Fórmulas políticas do Brasil holandês, de Mário Neme.

O mundo que o português criou, Novo mundo nos trópicos, Um brasileiro em terras portuguesas, de Gilberto Freyre.

Origem do antilusitanismo brasileiro: Portugal-Brasil. Raízes do estranhamento, de Carlos Fino.

Gramática metódica da língua portuguesa, de Napoleão Mendes de Almeida.

Dois dos livros mais maravilhosamente escritos da língua portuguesa são: Memorial do Convento, de Saramago, e Visão do Paraíso, de Sérgio Buarque de Holanda. Malgrado os seus títulos, nenhum deles trata de matéria religiosa.

São recomendáveis as obras, completas, de: Machado de Assis, Aluísio de Azevedo, José Ortega y Gasset, Gilberto Freyre, Bertrando Russell; de Norberto Bobbio por seu conteúdo e como exemplo da arte de expor claramente.

  • Lista constituída por Augusto Comte[2]:

Literatura:

Ilíada e Odisseia, de Homero.

Édipo-rei, de Sófocles.

Obras de Teócrito, seguidas de Dafne e Cloé, de Longus.

Obras de Plauto, seguidas da de Terêncio.

Virgílio, seguido de Horácio escolhido.

Obras de Ovídio, Tíbulo e Juvenal.

Fábulas da Idade Média, recolhidas por Legrand d’Aussy.

Divina Comedia, de Dante; Ariosto, Tasso e Petrarca escolhidos.

Teatro escolhido, de Metastásio e de Alfieri.

Os noivos, de Manzoni.

Dom Quixote e Novelas exemplares, de Cervantes.

Teatro espanhol escolhido (seleção que compor).

Romanceiro espanhol escolhido.

Teatro escolhido de Pierre Corneille.

Molière completo.

Teatro escolhido de Racine e de Voltaire.

Fábulas de La Fontaine, seguidas de algumas de Florian.

Gil Brás de Santilhana, de Lesage.

A princesa de Clèves, de Mme. de la Fayette).

Paulo e Virgínia, de B. de Saint-Pierre.

O último abencerrage, de Chateaubriand.

Os mártires, de Chateaubriand.

Teatro escolhido de Shakespeare.

Paraíso perdido e poesias líricas de Milton.

Robinson Crusoé, de Daniel Defoe.

O vigário de Wakefield, de Oliver Goldsmith.

Tom Jones, de Henri Fielding.

Ivanhoé, Quentin Durward, A alegre filha de Perth, O oficial da fortuna, Os puritanos, A prisão de Edinburgo, O antiquário, de Walter Scott.

Obras escolhidas de Byron (suprimindo sobretudo o Don Juan).

Obras escolhidas de Goethe.

As mil e uma noites.

Ciência:     

Aritmética, de Condorcet.

Álgebra e Geometria, de Clairaut.

Trigonometria, de Lacroix ou de Legendre.

Geometria,de Descartes.

Geometria Analítica, de Augusto Comte.

Estática, de Poinsot, seguida de todas as suas memórias sobre a Mecânica.

Curso de Análise, de Navier na Escola Politécnica, precedido das Reflexões sobre o cálculo infinitesimal, de Carnot.

Curso de Mecânica, de Navier na Escola Politécnica, seguido do Ensaio sobre o equilíbrio e o movimento, de Carnot.

 Teoria das funções, de Lagrange

Astronomia popular, de Augusto Comte, seguido de Diálogo sobre a pluralidade dos mundos, de Fontenelle.

Física Mecânica, de Fischer, traduzida e anotada por Biot.

Resumo alfabético de filosofia prática, de John Carr.

Química, de Lavoisier.

Estática química, de Berthollet.

Elementos de Química, de James Graham.

Manual de Anatomia, de Meckel.

Anatomia Geral, de Bichat, precedida de seu Tratado sobre a vida e a morte.

Organização dos animais, de Blainville (primeiro volume).

Fisiologia, de Richerand (última edição, anotada por Bérard).

Fisiologia, de Claude Bernard, precedida do Ensaio sistemático sobre a Biologia, de Segond.

Filosofia zoológica, de Lamarck.

História natural, de Duméril (última edição).

Discurso sobre a natureza dos animais, de Buffon.

Arte de prolongar a vida humana, de Hufeland, precedida do Tratado sobre os ares, os fogos e os lugares, de Hipócrates, seguido de Sobre a sobriedade, de Luís Cornaro.

História das flegmasias crônicas, de Broussais, precedida de suas Proposições de Medicina.

Elogios dos cientistas, de Fontenelle e de Condorcet.

História:    

Resumo de geografia universal, de Malte-Brun.

Dicionário geográfico, de Rienzi.

Viagens de James Cook e as de Chardin.

História da Revolução Francesa, de Mignet.

Manual de História moderna, de Heeren.

Século de Luís XIV, de Voltaire.

Memórias, de Mme. Motteville.

Testamento político, de Richelieu e vida de Cromwell (a reunir em um único volume).

Memórias de Benvenuto Cellini.

Memórias, de Commines.

Resumo da História da França, de Bossuet.

Revoluções da Itália, de Denina.

Resumo da História da Espanha, de Ascargorta.

História de Carlos V, de Robertson.

História da Inglaterra, de David Hume.

Europa na Idade Média, de Hallam.

História eclesiástica, de Fleury.

História do declínio  queda do império romano, de Gibbon.

Manual de História Antiga, de Heeren.

Tácito completo.

Tucídides e Heródoto (a reunir em um único volume).

Vidas paralelas, de Plutarco.

Comentários sobre a guerra da gália, de César e Vida de Alexandre, de Arriano (a reunir em um único volume).

Viagem de Anarcarsis na Grécia, de Barthélemy.

História da arte entre os antigos, de Winckelmann.

Tratado da pintura, de Leonardo da Vinci.

Curso de desenho, de A. Etex.

Memórias sobre a música, de Grétry.

Filosofia, moral e religião:           

Política, Ética, de Aristóteles.

Bíblia completa. Alcorão completo.

Cidade de deus, de santo Agostinho.

Confissões de santo Agostinho, seguidas do Tratado sobre o amor de deus, de São Bernardo.

Imitação de Jesus Cristo, de Tomás de Kempis.

Catecismo de Mompilher, precedido da Exposição da doutrina católica, de Bossuet e seguido dos Comentários sobre o sermão de Jesus Cristo, de santo Agostinho.

História das variações protestantes, de Bossuet.

Discurso sobre o método, de Descartes, seguido de Novum Organum, de Bacon.

Pensamentos, de Pascal, seguidos pelos de Vauvenargues e dos Conselhos de uma mãe, de Mme. de Lambert.

Discurso sobre a História universal, de Bossuet, seguido do Esboço dos progressos do espírito humano, de Condorcet.

Tratado do papa, de de Maistre, precedido da Política sagrada, de Bossuet.

Relações entre o físico e o moral do homem, de Cabanis.

Tratado das funções do cérebro, de Gall, precedido das Cartas sobre os animais, de Georges Leroy.

Filosofia positiva, de Augusto Comte (seis volumes) e sua Política positiva (quatro volumes), mais seu Catecismo positivista.

História da filosofia, de G. H. Lewes.

  • Lista constituída por Cassiana Lícia de Lacerda:

Mme. Bovary, de Gustavo Flaubert.

 À la recherche du temps perdu, de Marcelo Proust.

D. Casmurro; Quincas Borba, de Machado de Assis.

Grande Sertão: Veredas, de Guimarães Rosa.

Poesia, de Cruz e Sousa.

Fleurs du Mal, de Baudelaire.

Poesias, de Carlos Drummond de Andrade.

A morte na praça, de Dalton Trevisan.

As núpcias de Cadmo e Harmonia, de Roberto Calasso.

O sentido de um fim, de Julian Barnes.

Il gattopardo, de Tomasi di Lampedusa [O leopardo].

Voluntários do martírio, de Ângelo Dourado[3].

  • Lista constituída por Gustavo Bertoche:

1. Grande Sertão: Veredas (Guimarães Rosa).

2. Os Sertões (Euclydes da Cunha).

3. O Alienista (Machado de Assis).

4. O Lobo da Estepe (Hermann Hesse).

5. Crime e Castigo (Dostoiévski).

6. Ficções (Borges).

7. Vaga Música (Cecília Meireles).

8. A Rosa do Povo (Drummond).

9. Ficções do Interlúdio (Fernando Pessoa).

10. A Cinza das Horas (Manuel Bandeira).

11. O Mundo como Idéia (Bruno Tolentino).

12. Coral (Sofia de Melo Breyner Andresen).

13. O Banquete (Platão).

14. A Chama de uma Vela (Gaston Bachelard).

15. Assim Falou Zaratustra (Nietzsche).

  • Lista constituída por Hernâni Gomes da Costa:

Liberdade sem Medo; Liberdade sem Excesso, ambos de A. S. Neill.

Psicologia de Massas do Fascismo; A Revolução Sexual, ambos de Guilherme Reich[4].

Filosofia da Miséria, Pedro José Proudhon.

Como a Mente Funciona; Os Anjos Bons de nossa Natureza, ambos de Estêvão Pinker.

A Hipótese Gaia; Gaia, uma nova Ciência, ambos de Jaime Lovelock.

Mistérios e Realidades deste e do Outro Mundo, Antônio da Silva Mello.

Rosinha, minha canoa, José Mauro de Vasconcelos (ficção).

  • Lista constituída por Noel Nascimento Filho[5]:

       Acessíveis, mas muito bonitos, que recomendaria para todas as idades, para quem tem pouco costume de ler: Machado de Assis: O Alienista; Mark Twain: O Príncipe e o Mendigo; Oscar Wilde: Contos Diversos, especialmente O Príncipe Feliz, e outros. Machado de Assis: Memórias de Brás Cubas, Contos Diversos. Victor Hugo: O Homem que Ri (a meu ver talvez o maior livro antes da trilogia Notre Dame de Paris/Corcunda de Notre Dame, Trabalhadores do Mar e Os Miseráveis, este talvez o melhor de todos). Guy de Maupassant: Uma Vida. Tolstoy: Ana Karenina. A. J. Cronin: Anos de Ternura. Emily Bronté: O Morro dos Ventos Uivantes. Artur Miller: A Morte de um Caixeiro Viajante. Hemingway: O Velho e o Mar. Aldous Huxley: Admirável Mundo Novo. Charles Dickens: David Copperfield. H. G. Wells: A máquina do tempo.

       Mais difíceis, quase filosóficos: Shakespeare: Hamlet. Schiller: Os Bandoleiros. Dostoyévsky: Os irmaos Karamazov e Crime e Castigo. Dispensam comentários, as traduções em português são um problema. Stefan Zweig: História de Uma Consciência (Castello Contra Calvino), é o melhor livro de Stefan Zweig, problema são as traduções, que mudam até o título. Conta a trajetória do monge Sebastian Castello, maior figura a quem a humanidade deve a sobrevivência do humanismo contra a tirania religiosa. Um livro monumental, fundamentado em pesquisas de documentos.  Émile Zola: Germinal. Thomas Mann: Doutor Fausto. Roger Martin du Gard: Os Thibault. Talvez o maior livro já escrito até hoje. Quem lê entende o mundo de hoje e porque é como é. Excetuando arte, não há assunto que não seja abordado. Romain Roland: Jean Christophe. A vida do compositor Hugo Wolf. Outro monumento da literatura. Alexander Soljenitsin: O Arquipélago Gulag.

       Filosofia: Hegel: História da Filosofia. Montesquieu: O Espírito das Leis. Jacob Burckhardt: tudo que se possa encontrar. Foi o maior historiador crítico de todos os tempos. Sem ele Nietzsche não teria pensado muita coisa, embora contemporâneos. É o pai da crítica histórica humanista. Bertrand Russel: História da filosofia.

       Dos “frankfurteanos”; Erich From: A Arte de Amar e Ter ou Ser. Hannah Arendt: A Banalidade do Mal. Herbert Marcuse: Eros e Civilização. Habermas: os livros mais recentes. Karl Popper: Sociedade Aberta. Popper foi o mais notório oponente à Escola de Frankfurt. José Ingenieros: O Homem Medíocre. Levy Strauss: Minhas Palavras.

       Ciência (e filosofia): Pliver Reiser: Cosmic Humanism and World Unity (original em inglês, talvez exista em francês ou espanhol). Ken Wilbers: Uma Curta História do Cosmos (A Short History of Cosmos). Siegfried Bauman: Modernidade Líquida. Giorgio Aganbem: Homo Saccer/ O Uso dos Corpos (muito dificil). Ciência: Mark Graubard: O Homem Escravo e Senhor. Carl Sagan: Cosmos (o livro, não a série).

     Will Durant: História da civilização.

       Psicologia: Sigmund Freud: Psicologia de Grupo e Análise do Ego, Psicogênesis do Caso de Homossexualismo em Uma Mulher. C. G. Jung: Memórias, Sonhos e Reflexões. Alfred Adler: O Sentido da Vida (e outros que se encontre em português).

       Arte: Harold Osborne: Estética e Teoria da Arte.

       Os três gigantes da literatura alemã: Goethe, Jean Paul Richter e Heine posso apenas mencionar, pois é praticamente quase impossível dar o sentido poético literário de sua obra em outras línguas, mas citaria talvez Os Anos de Aprendizado de Wilhelm Meister, de Goethe, e outros romances, nada em versos, se houver em português.

Jacques Bergier e Louis Pawels: O Planeta das Possibilidades Impossíveis (ciência) e O Despertar dos Deuses; de Michael Baigent, Richard Leigh e Henry Lincoln: A herança messiânica [história, política/religião/ocultismo].

  • :

Varagnac: O Homem Antes da Escrita.

Aldous Huxley.

Tolstói, especialmente O Padre Sérgio.

Margaret Mead.

Ruth Benedict, especialmente Patterns of Culture.

Konrad Lorenz.

Harry Jerison: The Evolution of Brain Size and Intelligence.

Lord Russell of Liverpool: The Nazi Scourge.

Margueritte Yourcenar: Alexis.

Jean d`Ormesson: Au plaisir de Dieu.

Thomas Mann: Tonio Kroeger, Sauberberg.

Fernão Lopes: Crônica de D. João I.

Camilo Castelo Branco, especialmente Novelas do Minho.

Eça de Queiroz, especialmente Os Maias, A Tragédia da Rua das Flores, A Capital.

Érico Veríssimo.

Virgílio Ferreira: Invocação ao meu corpo.

Plínio: Cartas.

Homero: Odisseia.

Humberto Eco: O nome da rosa.

  • Lista constituída por Sérgio Manuel Luzia Caldeira:

Memorial do Convento, José Saramago.

O Monte dos Vendavais, Emily Bronte.

A Última Tentação de Cristo, Nikos Kazantzakys.

Um Pouco Mais de Azul, Hubert Reevs.

O Jovem Persa, Mary Renault [O menino persa, no Brasil].

Memórias de Adriano, Margueritte Yourcenar.

Enquanto a Inglaterra Dorme, David Leavit.

Um Mundo Infestado de Demónios, Carl Sagan [O mundo assombrado pelos demônios, no Brasil].

O Triunfo dos Porcos, George Orwell [A revolução dos bichos, no Brasil].

Alice no País das Maravilhas, Lewis Carroll.

A Ilíada, de Homero.

Os Lusíadas, de Luís Vaz de Camões.

O Livro do Desassossego, Fernando Pessoa.

O Profeta, Kahlil Gibran.

O Nome da Rosa, Humberto Eco.

Império, Gore Vidal.

Declínio e Queda do Império Romano, Edward Gibbon.

Capitães da Areia, Jorge Amado.


[1] Reproduzo-as tal e qual as recebi; Arthur Virmond de Lacerda Neto e Hernâni Gomes da Costa empregam exantropônimos nos prenomes dos autores: Marguerite = Margarida; John = João, Steven = Estevão, com o que retomamos tradição de diversos países, dentre os quais o Brasil.

[2] Ele nomeou-a Biblioteca Positivista.

[3] Crônica da Revolução Federalista (1893-1895), redigida por maragato. Em literatura paranaense, romanceiam, com qualidade, a ocorrência da dita revolução no Paraná: Rastros de Sangue, de David Carneiro, e Arcabuzes, de Noel Nascimento, (nota de Arthur Virmond de Lacerda Neto).

[4] O autor da lista traduziu prenomes: Wilhelm = Guilherme, Steven = Estevão e assim por diante.

[5] Os juízos sobre os livros são da autoria de Noel Nascimento Filho.

Esse post foi publicado em Livros.. Bookmark o link permanente.

Deixe um comentário