Tradução de prenomes.

ELETRÃO E NÃO “ELÉTRON”. NEUTRÃO E NÃO “NEUTRON” .PROTÃO E NÃO “PRÓTON”. FILÃO E NÃO “FÍLON”. BOSÃO E NÃO “BÓSON”. FOTÃO E NÃO “FÓTON”. GRAVITÃO E NÃO “GRÁVITON”. ELETRÃO E NÃO “ELÉTRON”. PLATÃO E NÃO “PLATON”

. Os prenomes podem traduzir-se , como Charles = Carlos, Elizabeth = Isabel, Charlotte = Carlota. A desinência “on”, no francês e no inglês, corresponde a “ão” no idioma português. Leon = Leão. Bóson = bosão. Elétron = eletrão. Fílon é pronúncia do inglês. Em francês, escreve-se Filon; em inglês, pronuncia-se “fílon”. Escrever “Fílon” é homólogo a escrever “Máiquel”, “Djon”, “Tcharles”, “Dáiâna”.
Islam se traduz por Islão, Afeganistam se traduz por Afeganistão.

Em Português, que é um só idioma, no Brasil e em Portugal, traduz-se por Filão, que não me parece que fique feio nem que seja pior. Os brasileiros é que não aprenderam,em geral, a traduzir os nomes e imitam, passivamente, as formas do inglês e do francês, tal como os encontram nos livros e nos meios de comunicação, ao passo que, em Portugal, faz-se questão do idioma e as pessoas aprendem os equivalentes vernaculares dos nomes estrangeiros e os usam. Assim, Filão não é português de Portugal; é a grafia usada em Portugal, não porque lá o idioma apresente forma própria, mas porque lá se usa o vernáculo com mais qualidade do que no Brasil.
Se para alguém Filão “fica feio”, fica feio para ele, por não estar acostumado; não o fica para mim nem para outrem, nem a estética pode ser critério superior ao correto uso do idioma.Ninguém reputa feio Platão e lhe prefere Platon, Cípion a Cipião, Éstrabon a Estrabão, Cáton a Catão. Platão, Cipião, Estrabão, Catão, Filão, Dião, Fedão correspondem às formas vernaculares, corretas, castiças, destes nomes.

É só o caso de estar acostumado ou não com uma grafia e não com a outra. Então, aprenda que os prenomes podem ser traduzidos e a tradução da desinência “on”, do francês e do inglês, corresponde a “ão” do Português.

Carl Sagan pronuncio, orgulhosamente: Carlos (faço questão de traduzir os prenomes que, todos, são traduzíveis) “ságân”. Assim mesmo: orgulhosamente com a pronúncia do meu, do seu, do vosso, do nosso idioma.

O que dói de ouvir é “dáiâna” para Diana. Diana é … “díâna”. Diana é Diana e não o monstrengo de “dáíâna”.

Fridrrrrichh Engels é deliciosamente Frederico Engels.

Príncipe Tchárles é elegantemente Príncipe Carlos.

Miguel Foucault.
João Goethe.
Miguel de Montaigne.
Carlos de Gaulle.
João Sebastião Bach.
Eugênio Delacroix (aliás: da Cruz. Os sobrenomes não se traduz).
Margarida Yourcenar.
Simona de Beauvoir (aliás: de Boa Vista. Os sobrenomes não se traduz).
Napoleão Bonaparte, Carlos Magno, Jesus Cristo, Bento 16 vós não traduzis ? Sim. Pela mesma lógica, traduzo, traduzi vós, traduzamos nós.

Em tempo: os sobrenomes não se traduzem. Acima e entre parênteses traduzi Delacroix e Beauvoir para o leitor perceber o significado destes nomes em português. Não preconizo que se use “Eugênio da Cruz” para Eugène Delacroix, por exemplo.

 

TRADUÇÃO DE PRENOMES.
Prenomes estrangeiros podem ser, legitimamente, traduzidos. Jesus, Moisés, Carlos Magno, Platão, Sócrates, Napoleão, e milhares de outros, estão traduzidos. Não os escrevemos em hebraico, francês, grego, mas em português.
 
Você pode escrever Carlos Marx, Luís Beethoven, João Sebastião Bach, como, aliás, se praticou até bem recentemente no Brasil, Portugal, Espanha, Itália, França.
 
É novidade bem desnecessária escreverem-se endôminos (prenomes no idioma do nomeado). Os exônimos (traduzidos) correspondem a uso correto, aceitável, natural e elegante. Eles informam ao leitor como a pessoa se chama, em português.
 
Também pode traduzir e dar o nome original entre parênteses, com o que informará como a pessoa se chama em português e no idioma da sua origem:
 
Carlos (Karl) Marx.
Carlos (Carl) Sagan.
Rainha Isabel (Elizabeth) da Inglaterra.
Frederico (Friedrich) Nietzsche.
 
Esta forma é correta; não é proibida em parte nenhuma, pode ser usada e já há páginas da Widipedia com ela (que não são da minha autoria, ou seja, não apenas eu pratico assim).
 
Não sei nem quero saber pronunciar os sobrenomes nos idiomas originários. Sei lá se é “dêcarte”, “d´carrrrrt” ou “descartes” (na verdade, sei muito bem). Pronuncio ao modo do meu idioma: “descartes”.
 
Bacon digo “bácôn” e não “bêícôn”.
 
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