Jesus, o ungido. Metáfora masturbatória.

JESUS, O UNGIDO. METÁFORA MASTURBATÓRIA (?). Jesus é o ungido do senhor. Ele foi ungido, ou seja, passou-se-lhe óleo. Ora, Carlos de Brosses (Charles; traduzo os prenomes) no seu célebre livro sobre o feiticismo (crença primitiva de que os objetos eram dotados de vida semelhantes à do homem), “O culto dos deuses feitiços” (França, 1760)  refere-se às pedras ungidas, pedras besuntadas de óleo. Como se sabe fartamente, o cristianismo é sincrético e Jesus foi construído pela reunião de várias crenças. Besunta-se alguém com óleos? Untavam-se os atletas gregos (nus) e os cadáveres. Jesus era alheio ao mundo grego e estava vivo e era o ungido do senhor enquanto vivo. Por que ele era ungido? Por resquício do período feiticista, em que se barravam de óleo as pedras. Por que é que se barra com óleo uma pedra? Para a mão deslizar sobre ela. A mão necessita de óleo para deslizar sobre o quê? Sobre o pênis circuncidado.

Os judeus eram circuncidados. O epípeto de ungido, aplicado a Jesus, parece-me ser metáfora masturbatória. Quando o crente refere-se ao ungido do senhor, possivelmente, reporta-se, inconsciente e involuntariamente, por resquício de eras priscas, à punheta. (Punheta e não onanismo, pois Onam não se masturbou, porém praticou o coito interrompido).

Os feiticistas não seriam, todos, fanados, porém os egípcios, feiticistas, introduziram a circuncisão, que os judeus copiaram e impuseram como obrigatória, entre si. Os judeus, circuncisos,  mantiveram a “tradição” do ungido do senhor. É possível que, com o andar dos tempos e com a introdução da repressão sexual, com Orígenes e Agostinho, se esquecesse a origem fálica da unção e, contudo, perdurasse a condição de ungido como uma das notas de Jesus. Tudo está relacionado.

Alguns horrorizar-se-ão e escandalizar-se-ão com o que acabam de ler; antipatizarão comigo por “ofensa” às suas crenças. Mas a religião não está acima da análise racional pela inteligência humana, nos domínios da psicologia, da antropologia, da sociologia, da história, da ética. A religião não é intocável e o conhecimento não pode ser tido por ofensivo. Saber, saber mais, saber o que desmistifica não ofende; ao contrário, esclarece. O conhecimento é ofensivo para os interessados na ignorância alheia.

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