Valor da Língua Pátria.

 

LÍNGUA PORTUGUESA, NOSSO VALOR DE CIVILIZAÇÃO.
PROFESSORES QUE PRECISAM DE BEM USAR O PORTUGUÊS.

Extratei aqui lugares de “O idioma oficial do Brasil é o português?”, do brasileiro Tito Lívio Ferreira (1894 — 1988). Artigo da Wikipedia sobre Tito Lívio: aqui.

“[…] enquanto outros povos defendem o seu idioma, desprezamos o nosso.” (p. 51).

Após a Segunda Guerra, França e Inglaterra introduziram 6 aulas semanais de vernáculo; na Itália e na Alemanha, ministravam-se 8 aulas semanais. “Por isso, nenhum cidadão europeu, com apenas o curso médio, diz: Não sei falar nem escrever a minha língua porque é difícil. Ora, isso [a alegação de que a língua é difícil] é comuníssimo entre nós, principalmente nos formados nos cursos universitários, como se os outros idiomas não tivessem dificuldades.” (p. 52).

” […] nas Universidades inglesas qualquer trabalho escrito é julgado não só pelo “conteúdo”, mas também pelas falhas de expressão e defeitos de organização. Considera-se que a relação entre a clareza de expressão e a clareza de pensamento é coisa de importância capital.” (p. 57).

Plano do professor Abgar Renault, Secretário de Educação de Minas Gerais, em 1971: seis horas semanais de Português, com leitura, análise e redação diariamente. Assim se faz na Inglaterra, na França, na Espanha, Itália e Portugal e na Alemanha com o idioma de cada uma destas nações.” (Idem, ibidem, p. 59).

“E o professor que fala mal e escreve mal a Língua Nacional não comunica, descomunica; não ensina, desensina, não educa, deseduca.” (Idem, ibidem, p. 59).

Em lugar de se fixarem cartazes constrangedores dos professores, como pretendem os autoritários da Escola Sem Partido e do Estado com Religião, Tito Lívio Ferreira propunha que se fixasse este letreiro: “TODA LIÇÃO DEVE SER, AO MESMO TEMPO, UMA LIÇÃO DE LÍNGUA PÁTRIA”.(p. 81).

“[…] há quanto tempo se sente entre nós, nas mais altas esferas da nossa educação pátria esse desprezo do nosso idioma.” “Daí o desprezo da Língua Nacional nas escolas brasileiras, onde o nosso idioma é aviltado pela gíria. […] E por isso, mestres de agora não sabem falar, quanto mais escrever em Língua Pátria […]” (p. 44).

Escrevi, já, no meu blogue, que os jovens-doutores-com-doutorado brasileiros (jovens que se doutoram com 28 anos de idade) sabem mal o seu idioma, escrevem mal, com estilo canhestro, leram pouco ou nada os clássicos do idioma, porém são “proficientes em dois idiomas”. Tito Lívio Ferreira, acerca de Machado: “Os doutores de hoje não o conhecem.” (ibidem, p. 35). Dá vergonha e os doutores com doutorado deveriam envergonhar-se de serem doutores-sem-Machado.

 

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