“Olá, tudo bem?”. Bordão que se pode dispensar é o “tudo bem?”, em saudações. Décadas atrás, perguntava-se se estava tudo bem com quem encontrávamos; era sincero. Com o tempo, tornou-se chavão mecânico e sem sentido.
Quem pergunta “Tudo bem? ” não quer saber se está tudo bem ou não, não espera resposta sincera, aliás, não espera nenhuma; quem a ouve não precisa de responder e não responde. Então, que sentido faz perguntar ? Chega desta chatice.Ultimamente, tem-se anteposto “olá” ao “tudo bem?”, ou seja, há dois cumprimentos. Basta um. “Olá” é informal.
Certos apresentadores da rede Globo, da Globo News, querem ser simpáticos, engraçadinhos e dizem: “Olá, boa noite para você”. Se ele se dirige a quem o ouve e a quem cumprimenta, obviamente a saudação é “para você”. Isto é prolixidade, chatice, até infantilidade.Temos “bons dias”, “boas tardes”, “boas noites” — no plural, que no singular é falar francês.
Em Curitiba, até os anos 1980 muitos diziam em espanhol: “buenos dias”, “buenas tardes”, “buenas noches”.
Podemos saudar: “Bons dias”, “Boas tardes”, “Boas noites”, que são expressões educadas, aplicáveis por todos a todos, sem a falsa pergunta “Tudo bem?”.