É mito correntio no Brasil, o dos pretendidos malefícios que lhe teria impingido a colonização portuguesa; ele é correlato aos mitos das supostas vantagens das colonizações britânica (se acontecera) e da holandesa (se perdurara).
Nem de longe é consensual a denúncia das maldades da herança colonial portuguesa. Coligi aqui breve mostruário de diversos escritores, em prol da colonização portuguesa e em detrimento das alegadas qualidades das colonizações inglesa e holandesa. Trata-se de miniatura de texto maior, que postarei quando estiver pronto:
Colonização do Brasil. Resumo.
Livros que recomendo.
500 anos. Uma nova dialética, de Raimundo Lisboa, retifica lugares-comuns relacionados com a suposta desvantagem da colonização portuguesa no Brasil. É muito importante.
O mundo que o português criou, de Gilberto Freyre, retifica lugares-comuns no que respeita aos supostos males da colonização portuguesa no Brasil.
Nordeste, de Antonio da Silva Melo, retifica lugares-comuns quanto à suposta inferioridade racial do mulato e do mameluco, no nordeste brasileiro.
Fórmulas políticas do Brasil holandês, de Mário Neme, retifica os lugares-comuns relativos à suposta excelência da ocupação holandesa no Brasil.
Estados Unidos. A formação da nação, de Leandro Karnal, retifica (nos seus capítulos iniciais) lugares-comuns relativos à suposta excelência da colonização inglesa nos E. U. A.
Sete mitos da conquista espanhola, de Matthew Restall, retifica alguns lugares-comuns concernentes à conquista espanhola da América Central.
Bosteja-se sobejamente no Brasil, acerca das nossas origens: há que ler os livros que indiquei.