Jesus foi crucificado nu. Fundamento da sua condenação.

Jesus (se existiu, o que é totalmente duvidoso) foi crucifixado inteiramente nu. Os romanos crucificavam os condenados inteiramente pelados. As representações de J. C. com a genitália encoberta são falsas; também é falsa a representação das palmas das mãos pregadas: não havia tal. Amarravam-se os braços por detrás da trave horizontal.

O suposto velamento da genitália decorre da gimnofobia (recusa da nudez) e da misofalia (horror do pênis; pênis como orgão indecoroso), ambas criadas pelo cristianismo e ainda entranhadas nos brasileiros, máxime nos evangélicos (e também católicos, embora menos.).

Jesus tinha pinto, escroto e pentelhos. Sim, tinha-os: era homem e os homens são assim.

O objetivo desta postagem é pedagógico, de contribuir para a normalização da nudez natual (não sexual) e para a erradicação do pudor (vergonha do corpo, nomeadamente das partes que o cristianismo estigmatizou.).

Antes do cristianismo, os deuses e os imperadores eram representados desnudos: os gregos e os romanos não sentiam vergonha do corpo, não distinguiam entre partes decorosas e indecentes do corpo, não se pejavam de serem vistos nus, não se escandalizavam com a nudez, que lhes era natural.

“Imoral é o que excita o moralista”, li no Didata, gazeta do Sindicato de Professores do Paraná, acerca de código vestimentário puritano, adotado por faculdade marista, de Curitiba.

 

Fundamento jurídico da condenação de Jesus.

A Jesus aplicou-se o direito penal romano. Ele foi condenado por crime de “maiestas maiorum” que se punia com execução, no caso das derradeiras classes sociais, como lhe era o caso. A condenação decorreu de tentativa de rebelião armada, em que pelo menos uma centena de insurgentes agrupou-se no monte das Oliveiras, de onde tentariam acometer a torre Antonia. Pilatos enviou coorte (de 400 a 600 soldados). Jesus e os outros 2, crucificados, foram-no por aplicação da lei vigente então, como culpados que eram. É inteiramente fraudulenta a história estrambótica de que os judeus optaram por Barrabás e que Pilatos absteve-se de julgar. Vide “El galileu armado”, de José Montserrat Torrents (inédito no Brasil).

J.C. não era inocente; ao invés: era culpado, inteiramente culpado, à luz do direito vigente então.

A sua pregação foi duvidosamente pacifista; a sua pregação e a sua ação foram averiguadamente violentas: são admissíveis 2 pregações de Jesus: 1) a pacifista, do Jesus budista, que aprendeu o budismo na India ou, pelo menos, a quem se atribui pacifismo de matriz budista. São em número de 51 as coincidências entre os alegados ditos de J. e os do budismo, dado que o budismo circulava no ambiente também judaico, da antigüidade; 2) a pregação zelota, politicamente extremista, de confronto com a presença romana, também perceptível nos evangelhos, em que ele integrou bando armado.

O Jesus belicoso está presente nos evangelhos, porém os ditos de violência são interpretados metaforicamente e o seu aspecto de radical político foi apagado ao longo de, por assim dizer, 4 edições dos evangelhos, que sucessivamente eliminaram, porém não de todo, as narrativas originais, que descreviam o militante armado.

O autor da versão do Jesus pacífico terão sido os próprios evangelistas e os inúmeros copiadores e manipuladores dos evangelhos, que , ao longo do tempo, dissimularam (não por inteiro) o Jesus original e o substituíram pelo que lhes interessava, o Jesus pacifista, ou seja, budista.

Vide, também: “Jesus viveu na India” e “Buda Jesus”, de H. Kerstner.

Jesus era, possivelmente, filho de Tibério, imperador. Há um monumento em que se lê a inscrição “Tiberius flavius abder Pantera”. Na tradição judaica, atribui-se a Jesus, por pai, um Pantera, soldado romano. A inscrição significa: “Tibério Flávio, chamado de Pantera”. Alguém sabia disto e inscreveu-o no monumento. Paulo, o criador do cristianismo, dentre inúmeros indivíduos que se inculcavam como messias, escolheu este, por ser filho do imperador, o que o tornaria mais aceitável no ambiente romano. Alegam-se várias causas da expansão do cristianismo (como: as igrejas serviram como agências de socorro social para as classes miseráveis, na fase decadente da cultura romana); há mais a de que, se a nova religião tinha por herói o filho do imperador romano, seria mais aceitável para os romanos. (Outra: o cristianismo imitou formas, dogmas, ritos do politeísmo e dos cultos em circulação  na antigüidade, a que as pessoas estavam acostumadas, o que também lhe facilitou a expansão. Imitou muito e inovou em parte.).

Depois de que, no concílio de Nicéia (primeira metade do século IV), decretou-se a divinização de Jesus, que se tornou deus e filho de deus, já desinteressava manter-se-lhe a filiação carnal, que se terá apagado e de que não perdurou memória, pois os próprios cristãos encarregavam-se de destruir textos e de censurar escritos e doutrinas adversas aos seus dogmas. Vide “O mito Jesus”, do brasileiro Rosière.

 

 

Jesus. Allin Cox

A pintura é da autoria de Allin Cox.

Um teólogo confirma a  nudez de J. C. aqui.

Imperador romano.

Imperador romano (vai como amostra.).

 

Texto do teólogo, sobre a nudez de Jesus:

“JESUS ESTAVA NU SOBRE A CRUZ?

Está fora de dúvida que, antes de crucificarem Jesus, tiraram sua roupas, pois João nos informa que os soldados as dividiram entre si e lançaram sorte sobre sua túnica ( João 19.23,24 ). Trata-se, pois, de saber se mantiveram algum pano cobrindo a sua nudez da cintura para baixo. Alguns estudiosos afirmam que Jesus estava na cruz completamente nu, porém baseiam geralmente sua opinião em razões de simbolismo tiradas do Antigo Testamento ( por exemplo, Adão estava nu quando pecou, e Jesus deveria estar nu quando nos resgatou ), ou se referem ao ” costume romano “, sem apresentarem nenhuma outra prova histórica especial para o caso de Jesus.
A esta opinião podemos opor um texto apócrifo tirado dos ” Atos de Pilatos “, segundo o qual, depois de terem tirado as roupas de Jesus, teriam restituído a Ele um “Lention”, palavra grega que quer dizer “pano”, uma espécie de tanga.
Seria de admirar que os romanos que o haviam tornado a vestir após o açoitamento, e antes que Ele começasse a carregar a cruz – isto, diga-se de passagem, contrariando seus próprios costumes devassos a fim de respeitar a tradição nacional e as idéias judaicas de decência – após dividirem suas roupas a lançarem sorte sobre sua túnica, não lhe tivessem deixado pelo menos esse pano cobrindo sua nudez quando ele foi pregado na cruz.
O costume judaico era o seguinte: ” Chegando à disrancia de quatro côvados do local da crucificação, despe-se o condenado e, se for um homem, ele deverá ser coberto pela frente; se for mulher, deverá ser coberta pela frente e pelas costas ” ( Tratado do Sinédrio, questão VI ). Mas todas essas polêmicas ficam profundamente influenciada pelo “costume romano”. Entre eles, o crucificado deveria ficar nu. É o que afirma Artemídoro. Porém, o termo “estar nu” conforme o entendemos hoje ( completamente despido de roupa ) não tinha o mesmo significado entre os antigos. Todas as pessoas do tempo de Jesus usabam por debaixo das vestes, quaisquer que fossem, o que chamavam de “subligaculum”. Era uma espécie de calção, formado por uma faixa de pano que se enrolava em volta dos rins e das coxas, e que era usado permanentemente.
Marcos conta (14.15) que após a prisão de jesus, um jovem – provavelmente ele mesmo – seguiu o cortejo usando tão somente um “sindon” (um lençol) sobre o corpo nu. O “sindon” era uma comprida peça de pano com que as pessoas envolviam o corpo por debaixo da túnica, mas com certeza conservara seu “subligaculum” por debaixo do “sindon”.
Ora, quando os guardas o quiseram pegar, ele abandonou o “sindon” e fugiu nu. Parece, portanto, que esta nudez não eliminava o “subligaculum”.
A questão é um tanto polêmica. Vejamos o que dela pensou a iconografia. Pode-se dizer que nenhum artista ousou representar a total nudez de Jesus na cruz. Nas primeiras representações artísticas importantes que temos, Jesus e os dois ladrões usam o “subligaculum”.
Após ter defendido, durante algum tempo, a tese de que Jesus foi crucificado vestido do “subligaculum”, não pude deixar de considerar a opinião de todos os antigos escritores da Igreja. Todos falam de “nudus, nudita, gymnos, gymnesthai – nu, nudez, nu, ser desnudado”. O grande pregador João Crisóstomo, por exemplo, escreve: ” Ele foi conduzido nu à morte – epi to pathos efeto gymnos “, e “eistekeigymnos eis meso ton ochlon ekeinos – ficou nu no meio daquela multidão”. Encontrei também um texto de Efrem, o Sírio, (Sermão VI sobre a Semana Santa) em que ele diz que o Sol se escondeu diante da nudez de Jesus. Em outra passagem escreve ele: ” A luz dos astros se obscureceu porque fora completamente despido Aquele que veste todas as coisas”. Eis aqui, finalmente, uma afirmação ainda mais conclusiva de JOão Crisóstomo. Ele diz que Jesus, antes de subir à cruz, despojou-se do velho homem tão facilmente como de suas vestimentas, e acrescenta: “Agora está ungido como os atletas que vão entrar no estádio” ( Homilia sobre a Epístola aos Colossenses ). Ora, toda escultura grega nos mostra esses atletas completamente nus.Coleção de Conhecimento Cristológicos
Pierre Barbet
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2 respostas para Jesus foi crucificado nu. Fundamento da sua condenação.

  1. Manoel Martins Pereira disse:

    É a primeira vez que vejo um texto FORA DA BÍBLIA que fala abertamente sobre a nudes de Cristo, porque os quadros se estátuas foram adulteradas. Parabéns POR SUA CORAGEM

  2. Eudes disse:

    Sobre Jesus do ponto de vista histórico, recomendo o programa “Linhas Cruzadas | O que a história sabe de Jesus | 07/07/2022”.
    Canal da TV Cultura no YouTube.

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