Pandemia.

PANDEMIA.
Arthur Virmond de Lacerda Neto.8.IV.2020. Durante a pandemia de coronavírus.
Combatemos separados
pelo mundo, em diversos lados,
porém juntos resistimos.
Em anseios convergimos:
que passe logo, pandemia,
que venha depressa, o dia
em que digamos: Acabou !
E alegremo-nos: Terminou !
– Sobrevivemos, exclamará a maioria
com pesar pelos mortos, a minoria.
Semanas de reclusão,
dias de apreensão,
vividos em casa, em quarentena
em que, à boca pequena,
muitos desejavam sair
e outros muitos o contágio premunir.
Em casa há que se conservar
e à distância laborar.
É profilático e solidário:
é nosso dever diário.
Zelar por si é zelar por outrem,
hoje e amanhã, como ontem.
Viver em sociedade,
estar em comunidade,
é coexistir e conviver;
em epidemia, é cada um se proteger
e aos demais o vírus não propagar.
Por ora, amoroso e prudente é insular-se,
perigoso misturar-se e até aproximar-se.
Semanas decorrem:
aos doentes, médicos socorrem,
com serviço árduo, à exaustão:
aos heróis da Humanidade, gratidão.
Gente em casa, em reclusão,
povo na rua, mascarado,
comércio mal parado.
Epidemia dura mas termina:
acaba e alegria então, germina,
normalidade se repõe,
até vacina se propõe.
De vida, é experiência ruim.
De outra igual, cada um dirá: Não para mim !
Enquanto dura e prossegue,
paciente e sossegue.
Cada dia é mais um dia nesta travessia
mas é fase rumo à melhoria.
Lá chegaremos: que logo lá cheguemos.
Vivos, de saúde, à vida brindaremos.
Observa, medita, pondera: vidas incontáveis
perderam-se em momentos inalteráveis.
Pudera ter sido a tua: tu sobreviveste.
Aproveita a lição, se a aprendeste:
sê bom e justo, sê compassivo,
e mais esclarecido e compreensivo.
Tu, que vives, cultiva qualidades:
põe no mundo bondades.
Esforça-te em favor dos demais
e não te arrependerás jamais:
somos membros uns dos outros;
vivamos uns para os outros.

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