PRECONCEITO ANTI-MESÓCLISE.

Alguns, muito “modernos” e anti-preconceito mantêm preconceito anti-mesóclise, com a acusação de que ela é pedante, o que é puro preconceito, birra, criancice, arrogância.

A estes, é melhor ignorar: que fiquem com seu preconceito; enquanto isto, os outros, que querem usar as formas que a língua portuguesa nos dispõe, usamos a mesóclise.

Não gosta da mesóclise ? Não a use, e não chateie quem a quer usar e usa. Julga-a pedante ? É problema seu.

A militança anti-mesóclise, anti-gramática, anti-forma culta, tem que ser ignorada. Os cultores do idioma têm que sair de sua timidez, de sua inibição, e proclamar seus valores, seus princípios, seus usos.

Uns prevalecem também porque seus contrários omitem-se.

Sinal das mentalidades é o de que os primeiros que dão “Gosto” em minhas publicações de idioma são portugueses; os brasileiros vêm depois, se vêm.

            Poucos anos atrás, a militança política entrou a vilipendiar a mesóclise porque o vice-presidente Michel Temer usa-a. Até que ponto chega o aproveitamento político das coisas e a estultice humana ! Para os tolos muito tolos, mesóclise = Michel Temer; dado o bordão “Fora Temer” (mal escrito, por carência de vírgula), repudiavam-na porque ele a usava. Mas ele também usa palavras, pontos, vírgulas, verbos, adjetivos. Era bem que os estúpidos-da-política-e-do-idioma expurgassem de seu vocabulário todas as palavras que o vice-presidente falava, e era bem porque assim se calavam e se apenas zurrassem, ninguém os entenderia.

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