Moralismo e pedofilia.

MORALISMO PUDICO. ORIGEM CATÓLICA.
O moralismo pudico foi obra direta dos jesuítas, que para cá vieram desde os primórdios do Brasil. O moralismo pudico é fruto direto do concílio de Trento e instalou-se na área católica e não necessariamente na área portuguesa. Herança católica e não propriamente portuguesa. Nos governos de Getúlio Vargas, a igreja católica recuperou as mentes da classe média: recatolicizou-se o Brasil. Presentemente, as igrejas evangélicas corroboram a pudicícia, suponho que com exploração do alarme e do escândalo: a exploração das calamidades terrenas rende-lhes (mais) dízimo.

ALARMISMO PUDICO. PEDOFILIA. COISA DE CERTOS BRASILEIROS.
Nem todos os brasileiros são mal informados sobre o que se passa, nem todos são açodados nas suas reações, nem todos são alarmistas, nem todos confundem coisas, porém há os mal informados, os precipitados nas suas reações, os que reagem com indignação alarmada acerca do que, a rigor, desconhecem. O tópico em causa é a moral e, notadamente, a proteção das crianças, em face das perversidades ambientes.
Parece-me que a ampliação desmesurada e irracional de fato pequeno serve como índice do quão pouco informadas muitas pessoas se acham, do quão emocionalmente reagem (ainda que com excelsas intenções), do quão sensível é certa camada dos brasileiros a certas questões.
Bem observado, esta camada presta-se otimamente a manipulações dos media (media e não mídia) e, direta ou indiretamente, a favorecer os próceres de certo moralismo, notadamente gente da política e os pastores evangélicos (que, por sua vez, são gente da política).
Serve, também, para instaurar a confusão, em que as pessoas (certas pessoas) malsinam certos fatos sem razão e passam a enxergar malícia e segundas, terceiras e mais intenções onde elas inexistem, e aqui não me limito à exibição do MAM, porém às atitudes, em geral, das pessoas em relação às crianças. Vai se instaurando clima de susceptibilidade, de extremismos (já existentes, na política), de censura direta ou indireta, de intimidação.

Pergunto-me: por que os moralistas enxergam sexo e pedofilia, como enxergaram, escandalizadamente, onde eles inexistem ? Será porque projetam, nos outros, os seus próprios sentimentos e inclinações, em parte, ao menos ? Por se deixarem influenciar ? Por serem sexualmente frustrados ? Para se integrarem em grupos, com espírito de rebanho ? Imoral é o que excita o moralista – será o caso ?

As crianças são trunfo atual dos moralistas. É discurso dos evangélicos, antigo de anos. (Não que não tenham [parte de] razão; têm parte, presumo, de exagero e desrazão. Evidentemente, as crianças devem ser resguardadas de pedofilia – do que realmente o seja.).

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