Tu, que tens mãe viva
pensa em que um dia perdê-la-á,
que cada dia, é um a menos com ela,
que cada um de que desfrutes com ela, é presente que lhe fazes,
que a mãe se alegra com a companhia do filho,
que um dia talvez ela seja velhinha,
que ela cuidou de ti em criança e talvez careça de que tu cuides dela,
que um dia, ela foi toda para ti e talvez precise de ti todo para ela,
que após ela haver partido, tu ter-lhe-ás saudades e sentir-lhe-ás a falta;
aproveita por isto tua mãe enquanto a tens:
vai vê-la,
telefona-lhe,
dá-lhe flores,
beija-a,
abraça-a,
sê-lhe boa companhia,
diz-lhe boas palavras,
poupa-a de dissabores,
pede-lhe desculpas,
agradece-lhe,
tudo isto ao longo da vida.
Na velhice, cuida dela,
tens-lhe paciência,
dá-lhe atenção,
não a deixes sentir-se sozinha
nem a botes em asilo: vai tu para a casa dela ou trá-la para a tua;
sê-lhe amoroso,
desfruta da companhia da velhinha,
sê-lhe companhia,
sê-lhe bom filho.
Pensa em que um dia, recordar-te-ás dos em que tu a tinhas, e já não a terás.
Alguns filhos pouco se lembram de suas mães; para outros
elas deveriam ser eternas.
Nada se compara com elas.