Ortoépia.

 

ORTOÉPIA. “Tôcáchave”, “cávô” e outros monstrengos.

Chama-se de ortoépia a correta pronúncia das palavras, a sua dicção conforme a grafia, embora haja variações.

São variações “nós” como “nóç” e “noch”; “leite” e “leiti”, casos em que se entende a palavra, que é pronunciada por inteiro, embora com sons diferentes.

Pode-se aceitar a variação de “nóç” e “noch”. Porém há coisas que denotam desleixo, como “tô”, “tá”, “pra”, em lugar de “estou”, “está”, “para”.
Ouvi “tôcáchave”, em que o mau pronunciador quis dizer-me “estou com a chave”.
“Cávó” = “com a avó”. “Cáquinze” = “com a quinze”.

Os três últimos exemplos são de cacofonia, de ruído; são deselegantes, denotam preguiça, desleixo, imitação do ruim (sim, imitação do ruim: o vulgo mais desaprende do que aprende, mais se deixa nivelar por baixo do que pratica o melhor).

Pronunciar corretamente as palavras é bonito, elegante, civilizado, prestigiante. “Estou com a chave” é bem melhor do que o monstrengo “tôcáchave”; “com o avô e com o filho” é elegante e sonante, bem diferente do dissonante e grotesco “cávô e cofío”.

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