República e cultura republicana.

REPÚBLICA e cultura republicana.
Há, no Brasil, há várias décadas, intoxicação monárquica, ou seja: propaganda monarquista, caluniadora do nosso passado, que idealiza a monarquia como panacéia dos males presentes.
A opinião monarquista no Brasil pratica a acusação do passado como explicação dos males do presente (modelo mental típico de muitos brasileiros), com a diferença da cronologia: enquanto a maioria dos brasileiros inculpa a colonização, os monarquistas não o fazem, pois em Portugal colonizador reinavam os Braganças, casa de que o auto-proclamado príncipe é integrante. Os monárquicos acusam… a república, como seria de esperar.
A carência de cultura histórica e política, entre nós, torna os bem-intencionados e os ingênuos vulneráveis à propaganda monárquica, que se exerce sem contra-ponto, sem contestação, sem debate, há décadas.
Tenho visto gente supostamente culta aderir à monarquia e exprimir ódio e desprezo pela república. De católicos carolas até já o esperava: as monarquias ocidentais justificavam o poder dos reis na outorga do deus cristão.

À propaganda monarquista faz falta o contraponto, ou seja, a visão republicana do Estado, do governo. Por exemplo: os monarquistas exaltam a monarquia pois, nela, o rei pretende legar um bom país para o seu filho; na república, o bom governante pretende legar um bom país para os seus compatriotas. É diferente; é diferença elementar, cuja percepção deveria integrar a cultura política de todos nós.

Entender o que é república, o que é “res publica”, o que é o espírito republicano, é importante como cultura geral e valioso perante discursos contestáveis, versões históricas maniqueístas e vaidades pessoais (refiro-me, no terceiro ponto, ao auto-intitulado príncipe” Bertrand Bragança, que divulga a monarquia em causa própria.).
Sugiro-vos o livro “Republicanismo”, de M. Viroli.
Os olavinhos são monarquistas ? Suspeito de que sim. Com isto, certa direita, no Brasil, é raivosa e anti-republicana.
Os monarquistas adotam oa premissa de que os descendentes d do ex-imperador são herdeiros e príncipes. Nâo são: nãohá herança, não há príncipes.

 

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